Robirta descobre a magia do Pónei Azul

Conheço uma ervilha. Chama-se Robirta. Um dia Robirta viu uma ervilha a andar com um sapato raso e outro de salto alto e, intrigada, foi ter com ela. Perguntou-lhe por que razão andava com um sapato de cada feitio e advertiu para os problemas de coluna que essa prática podia trazer. Mal sabia Robirta o que a simples decisão de fazer aquela pergunta lhe reservaria. A ervilha dos sapatos diferentes era Xamilas, famosa por ter criado o Método da Escolha dos Sapatos. Nas duas horas seguintes, Robirta aprendeu tudo e mais alguma coisa sobre o Princípio da Ordem Natural e converteu-se irreversivelmente à filosofia teológica da Ordem Natural. Ficou tão fascinada com a nova visão do mundo recém adquirida que, criativa como era, trouxe ao mundo uma linda canção. Chamou-lhe Pónei Azul. No início do refrão pode-se constatar a genuína imersão de Robirta neste tema quando, no auge da evocação ao Pónei Azul, a voz lhe falha de emoção de uma forma totalmente improvável e inesperada.




PÓNEI AZUL
Robirta

Pela manhã calço os meus sapatos
Não sei de que cor vão ser
E se iguais nos meus pés chatos
Rodopio de prazer

Marcado encontro algures na margem
Onde e quando, vou esconder
Se do bosque a tua imagem
A alegria de te ver

Pónei azul [falha de voz emocional], faz-me voar
Leva a minha casca até à beira do mar
Pónei azul, não peço demais
Só um mundo de escolhas, de momentos especiais
Pónei azul, arco-irís sem fim
Dos escombros, perfeita, a harmonia improvável em mim
Ponéi azul, fazes-me tão feliz
Às vezes por um triz (pónei azul)
Às vezes por um triz (pónei azul)

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